Bolsas
Anualmente, entre abril e maio, os estudantes de português europeu da Universidade de Hamburgo podem candidatar-se, através do Centro de Língua Portuguesa, a uma bolsa do Camões I.P. para um curso intensivo de língua e cultura portuguesa em Portugal. A bolsa tem a duração de um mês no verão e tem lugar numa instituição portuguesa (universidade ou escola de línguas). A candidatura efetua-se online no site indicado.
Apoio a candidatura a bolsas de investigação estão também disponíveis para professores e investigadores estrangeiros e portugueses que residam no estrangeiro e pretendam realizar, em Portugal, estudos de especialização na área da língua e da cultura portuguesas, nomeadamente mestrados e doutoramentos em universidades portuguesas. A duração das bolsas é variável, podendo ser renovadas.
Estas bolsas requerem uma preparação prévia como seja a reflexão sobre o tema e o plano de trabalho do projeto (no modelo oficial e com datas atuais), o contacto com a instituição de acolhimento (que deverá passar uma declaração de aceitação atualizada), pedido de 2 cartas de recomendação atualizadas, entrega de uma carta de motivação e de um certificado de habilitações.
Ligações úteis
Bolsas Camões I.C.
Relatos de Experiência
Aqui podem encontrar alguns relatos de experiencia em alemão e português de bolseiros e estudantes do programa Erasmus.
Bolseiros: 2005 Lena Viebrock, 2006 Janina Witt, 2007 Dennis Tauscher, 2008 Elena Kurbakova, 2009 Ewa Stachowicz, 2010 Ekaterina Wortmann, 2011 Maurício Iles-Martinez, 2012 Svetlana Brandt.
Maurício Iles-Martinez, bolsa de estudos Instituto Camões, Universidade de Lisboa, 2011:
Lisboa, uma cidade muito gira!
Viajei para Lisboa sem ter um quarto para a minha estadia durante o Curso de Verão, apesar de o ter tentado a partir da Alemanha. No entanto, no primeiro dia do curso recebi na secretaria uma longa lista de pessoas que alugavam quartos a estudantes. No dia seguinte, depois de alguns telefonemas, já tinha encontrado um quarto bem situado e, além disso, perto dum miradouro com uma vista incrível da cidade.
A minha professora era muito prestável e os participantes do curso eram simpáticos. Por sorte, pude conhecer gente de todos os continentes, que por sua vez falavam um português de alto nível, o que aumentou a minha motivação. Para melhorar o meu português tive ocasiões mais que suficientes com os meus colegas do curso , já que depois das aulas íamos sempre descobrir a cidade e provar especialidades culinárias. É sobretudo em Alfama e no Bairro Alto que se encontra uma extensa variedade de restaurantes e bares para umas horas acolhedoras.
As excursões organizadas pela Faculdade de Letras foram, além disso, um bom complemento para a exploração da cidade. A navegação pelo Tejo foi para mim um momento especial, pois tive a oportunidade de contemplar as atrações turísticas de uma outra perspetiva e de compreender a sua origem. Lisboa surpreendeu-me positivamente. Apesar de ter tido ao princípio alguns problemas de comunicação, habituei-me rapidamente à língua. Na segunda parte da minha estadia já se notava o meu progresso. O tempo voou! Tenho muitas boas lembranças. O povo português é de espírito aberto e a cidade tem um ambiente incrivelmente sedutor. Daqui a pouco tempo vou visitar os meus amigos lisboetas. Estou ansioso!
Ekaterina Wortmann, bolsa de estudos Instituto Camões, Universidade de Lisboa, 2010:
Para ver bem Lisboa tem que atravessar o Tejo
A minha estadia em Lisboa em Agosto de 2010 foi uma experiência única e inesquecível. Fiz o meu curso de Português na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Para mim foi a melhor decisão que podia ter tomado. Para isso contribuíram não só o meu professor, como também os meus colegas.
O meu professor era ótimo! As suas explicações eram claras e estruturadas. Quase nunca tive um professor que explicasse tão bem, de maneira a que no fim do curso compreendi até o complicado uso do conjuntivo, um tema que nunca sonhei perceber. Também os meus colegas do curso tornaram a minha estadia muito positiva. Vinham de todo o mundo, de modo que cada um tinha sempre uma história interessante para contar. Assim pudemos comparar as nossas vidas e as nossas culturas com a vida em Portugal e, sobretudo, em Lisboa.
Lisboa é uma cidade fascinante. No Verão, a sua magia revela-se particularmente. Em Agosto há muitas manifestações, festas e concertos. A vida acontece na rua, formando uma atmosfera que permanece sempre como uma feliz lembrança na alma.
Muito obrigada ao Instituto Camões por me ter proporcionado essa maravilhosa experiência.
Ewa Stachowicz, bolsa de estudos Instituto Camões , Universidade de Lisboa, 2009:
30 dias de navegação pela vida portuguesa
Quando recebi uma bolsa de estudos do Instituto Camões para um curso de língua portuguesa, não estive pela primeira vez em Portugal nem em Lisboa, mas estive lá pela primeira vez no sentido de viajante de Saramago: “O viajante não é turista, é viajante. Há grande diferença. Viajar é descobrir, o resto é simplesmente encontrar.”
Então, com a bolsa tive a possibilidade não só de observar a vida quotidiana portuguesa, mas também a vida universitária, ao inscrever-me num curso de quatro semanas na Universidade de Lisboa, em Setembro de 2009.
Nessa altura – no último período de Cursos de Verão antes do novo semestre – a nossa turma foi bem misturada e consistiu, em parte, em estudantes estrangeiros e, em parte, em gente de todos os cantos do mundo, interessada pela língua e cultura portuguesa por várias razões, quer profissionais quer pessoais. A nossa professora soube exigir bastante de cada um, através de um horário cheiíssimo, mas nunca deixou ao abandono brincadeiras e anedotas das nossas experiências portuguesas.
O café bem forte, por todos lados da cidade, forneceu o nível energético necessário para o estudo intensivo da língua e, ao mesmo tempo, para as experiências de vida abundante nessa cidade mágica.
Portanto, tendo convivido um mês lá, cada progresso na língua e cada dia num novo canto da cidade adicionaram um aspeto mais à minha imagem de Lisboa, dos seus habitantes, da sua história, da sua vida. Senti-me como na Lisboa de Bernardo Soares: “Em certos momentos… como aqueles em que, pelo princípio da tarde, vagueio observante pelas ruas, cada pessoa me traz uma notícia, cada casa me dá uma novidade, cada cartaz tem um aviso para mim.” Lisboa tornou-me numa viajante.
Erasmus in Lissabon, Claudia Branco, 2020:
Mein Auslandssemester in Lissabon war trotz der andauernden Pandemie das reinste Abenteuer.
Während in Deutschland auf 100% digitale Lehre umgestellt wurde, hat man es an der NOVA FCSH in Lissabon mit einer Mischform aus Präsenz und Onlineunterricht im Wechsel probiert. Und obwohl ich nur jede zweite Woche meine neuen Kommilitonen in Person sehen durfte, war es überraschend einfach Verbindungen zu knüpfen. Bald hatte ich in jedem der 5 von mir besuchten Kurse ein oder mehrere Ansprechpartner und treue Gefährten, die mich durch meine Zeit in Portugal begleiteten. Sie kamen aus aller Welt: Angola, Frankreich, Galicien, Ungarn, Brasilien und vielen Orten mehr. Mit den meisten Auslandsstudenten unterhielt ich mich auf Englisch, außer jemandem ist ein englischer Begriff entfallen, dann durfte auch mal ein portugiesisches oder spanisches Wort hinhalten. Manchmal passierte mir das Code-Switching unbewusst, wie einmal als ich mit einem neu gewonnenen Freund durch die engen Gassen Lissabons spazierte und plötzlich nur noch Treppen sah und ihn fragte: „Do we have to subir these escadas?“ was so viel heisst wie „Müssen wir diese Treppen hinaufsteigen?“.
Die Tatsache, dass Fitness-Studios aufgrund der Pandemie geschlossen blieben, war für mich persönlich kein Verlust, denn die völlig verwinkelte und von Treppen und Bergen durchzogene Stadt ermüdete meine Beine und war durchaus Training genug für mich. Die Architektur dort ist faszinierend und regt zum Träumen an. Wie ich so auf die alten, prunkvollen Gebäude blickte, hatte ich immerzu das Gefühl als blicke ich auf ein großes Stück Geschichte und auf all die Schicksale derjenigen Menschen, die in den unzähligen Generationen vor meiner Zeit dort gelebt haben.
Auch die Landschaft zog mich in den Bann. Ich freute mich jeden Montag, Mittwoch und Freitag auf meinen Weg zur Universität, welcher mit einer Busfahrt entlang des wunderschönen Flusses Tejo bis hin zur Fährenstation begann, gefolgt von einer 20-minütigen Fahrt über den Fluss bis nach Lissabon.
Die Fakultät, an der ich studierte (Faculty of Social and Human Sciences) lag in der Nähe des bekannten Campo pequeno und es gab unzählige nahegelegene Parkanlagen, in denen man sich unbeschwert aufhalten, einen Kaffee genießen oder am Laptop arbeiten konnte, während man das verlockende Wetter genoss, welches selbst im November nahezu ausnahmslos schön war.
Der Unterricht an der NOVA war anspruchsvoll und interessant gestaltet und die Dozenten waren motiviert und rücksichtsvoll. Die meisten Aufgaben durfte ich auf Englisch bewältigen, falls mir ein dreiseitiger Text oder eine Präsentation auf Portugiesisch doch mal zu viel wurde, aber in den allermeisten Fällen habe ich es auf Portugiesisch probiert und wurde dafür sogar mit guten Noten belohnt. Mit den meisten Menschen, die ich dort kennengelernt habe, schreibe ich noch heute über Whatsapp oder Instagram, und wir planen auch schon uns möglichst bald wiederzusehen.
Letzten Endes kann ich sagen, dass mein Aufenthalt in Portugal trotz Abstandsregeln und Atemschutzmasken eine mitreißende, absolut lohnenswerte Erfahrung gewesen ist, und ich bin dem Team von Erasmus+ sehr dankbar dafür, dass sie es für mich möglich gemacht haben.
Universidades portuguesas, oferta académica e vida em Portugal
Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras
Certificação de português como língua estrangeira
CAPLE- Centro de Avaliação e Certificação de Português Língua Estrangeira (unidade da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa)
O CAPLE é a única entidade portuguesa que avalia e certifica as competências escritas e orais em português como língua estrangeira (PLE) para diferentes objetivos profissionais.